01/08/2025

China quer reprimir comportamentos "maliciosos" em plataformas de vídeos

Abril 16, 2025
2Minuto lidos
67 Visualizações

China quer reprimir comportamentos "maliciosos" em plataformas de vídeos

As autoridades chinesas iniciaram nesta terça-feira (15) uma nova campanha de repressão a comportamentos considerados “maliciosos” em plataformas de vídeos curtos, como o Douyin — a versão chinesa do TikTok. A iniciativa busca criar um ambiente digital “claro e ordenado”, segundo a Administração do Ciberespaço da China.

 

A campanha tem como foco conteúdos deliberadamente falsos ou manipulados, incluindo dramatizações de situações trágicas, falsificação de identidade e histórias melodramáticas criadas com fins lucrativos. Muitas vezes, esses vídeos são apresentados sob o pretexto de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade ou combater a pobreza, informou o jornal local The Paper.

As plataformas serão orientadas a realizar inspeções rigorosas e a combater a disseminação de informações falsas, que podem ocorrer por meio de edições manipuladas, distorções dos fatos ou uso indevido de ferramentas de inteligência artificial.

O governo também pretende coibir conteúdos que violem normas de decência pública, como vídeos com insinuações sexuais, roupas provocantes ou registros de assédio verbal e físico em locais públicos. Essas práticas, segundo o órgão regulador, têm como objetivo atrair visualizações de maneira considerada vulgar ou inapropriada.

A campanha se estende ainda à eliminação de títulos sensacionalistas e avaliações falsas de produtos e serviços, especialmente quando voltadas a públicos vulneráveis.

Plataformas como Douyin e Kuaishou somam cerca de um bilhão de usuários na China, de acordo com dados do Centro de Informação sobre Internet e Redes do país.

Nos últimos anos, o governo chinês tem reforçado o controle sobre o conteúdo online com sucessivas campanhas contra a ostentação de riqueza, informações falsas, valores considerados inadequados e outros comportamentos que julga prejudiciais. Milhares de contas já foram suspensas ou removidas.

A China é o país com o maior número de usuários de internet no mundo, mas também figura entre os que exercem o controle mais rigoroso sobre o conteúdo digital. Plataformas globais como Google, Facebook, Twitter e YouTube permanecem bloqueadas no país.

Leia Também: Nvidia fabricará supercomputadores de IA nos EUA e prevê produção de até US$ 500 bi em 4 anos

Deixe um Comentário

Todos os direitos reservados © 2025 A Notícia