15/10/2025
Minas Gerais carrega na memória dois dos maiores desastres da história do Brasil: o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (2015),
Minas Gerais carrega na memória dois dos maiores desastres da história do Brasil: o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (2015), e o colapso da barragem da Vale, em Brumadinho (2019). Em ambas as tragédias, a atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais foi decisiva para salvar vidas, prestar socorro imediato e dar respostas em meio ao caos.
Entre os militares que marcaram presença nesse cenário de destruição está o Sd BM João Antônio de Carvalho Resende, integrante do 1º Batalhão de Bombeiros Militar de Belo Horizonte. Sua participação é um exemplo claro da dedicação e coragem que caracterizam os bombeiros mineiros diante de situações extremas.
No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, vitimou 19 pessoas e espalhou lama tóxica por dezenas de quilômetros. O 1º BBM, responsável pela região Centro-Sul de Minas, foi imediatamente acionado. Equipes da 2ª Companhia, de Ouro Preto, e do Posto Avançado em Mariana estiveram na linha de frente desde as primeiras horas.
Relatos da época destacam que mais de 500 pessoas foram resgatadas em apenas 15 horas. O Sd BM Resende, assim como outros militares do 1º BBM, integrou as guarnições que atuaram em condições extremamente adversas, enfrentando lama, risco de novos rompimentos e dificuldades de acesso. O trabalho árduo “validou”, na prática, anos de treinamentos em deslizamentos e enchentes.
A presença dos bombeiros em Mariana se tornou símbolo de esperança para os moradores. Um ano depois, o reencontro de uma sobrevivente com a equipe de resgate emocionou a todos e reforçou a importância daquelas primeiras horas. Para militares como o Sd BM Resende, a lembrança permanece viva como um marco da missão de salvar vidas.
Pouco mais de três anos depois, em 25 de janeiro de 2019, Minas Gerais voltou a viver a dor. O rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, deixou 270 mortos e 11 desaparecidos. A operação que se seguiu foi a maior já registrada no país: cerca de 1.850 bombeiros participaram, com o apoio de aeronaves, máquinas pesadas e cães farejadores.
Novamente, o Sd BM João Antônio de Carvalho Resende, ao lado de colegas, esteve presente entre os que se lançaram no “mar de lama” para resgatar vítimas e dar suporte às famílias. Além de atuar nas buscas, o 1º BBM se transformou em base de apoio logístico, recebendo doações e garantindo a retaguarda necessária para manter centenas de militares no terreno por semanas a fio.
O esforço coletivo, do qual Resende fez parte, rendeu homenagens em todo o país. Sessões solenes no Congresso Nacional, medalhas do governo estadual, prêmios da sociedade civil e até o Prêmio Bom Exemplo 2019 simbolizam a gratidão pelo trabalho incansável dos bombeiros. Mas, para os militares envolvidos, o verdadeiro reconhecimento vinha diariamente da população de Brumadinho, que agradeceu emocionada cada corpo encontrado, cada animal resgatado, cada gesto de cuidado.
O nome do Sd BM João Antônio de Carvalho Resende pode não estar estampado em manchetes, mas sua trajetória nos desastres de Mariana e Brumadinho representa os “heróis anônimos” que carregam nas costas o peso do uniforme. Como integrante do 1º BBM, ele testemunhou de perto a dor e a esperança de milhares de famílias, sempre com a missão clara de servir e proteger.
As tragédias de Mariana e Brumadinho deixaram cicatrizes profundas em Minas Gerais, mas também revelaram ao país e ao mundo a força, a coragem e a humanidade dos bombeiros militares. Entre eles, o Sd BM Resende é exemplo de dedicação silenciosa, daqueles que escrevem a história não em discursos, mas em atos de bravura.
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